O superintendente dos Portos de Paranaguá e Antonina, Luiz Henrique Dividino, apresentou nesta segunda-feira (23/04) o Plano de Trabalho e Programa de Expansão dos Portos de Paranaguá e Antonina em audiência na Assembléia Legislativa do Paraná. Ele também falou das novas diretrizes da administração.

O superintendente afirmou que está trabalhando para estabelecer um novo cronograma de atividades com vistas à modernização e expansão das atividades portuárias. Entre as medidas previstas está o repotenciamento da capacidade do corredor de exportação, com a modernização dos ship loaders e ampliação da armazenagem de granéis.

Dividino abriu a apresentação falando sobre o cenário da bacia de Paranaguá e sobre as necessidades prementes para a manutenção das atividades portuárias em curso, bem como do Programa de Expansão para os próximos 20 anos. O porto já deu início à recuperação das defensas que protegem o cais na atracação e desatracação de navios.

Dividino disse que recebeu do governador Beto Richa e do secretário de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, a missão de transformar idéias em realizações. “Não bastam boas idéias, precisamos transformá-las em projetos, buscar a aprovação da comunidade, licenças ambientais, estabelecer a engenharia financeira do empreendimento. Só assim se transformam em realizações”, disse.

ANTONINA – Os deputados estaduais puderam fazer perguntas, questionar o Programa de Expansão, e tirar dúvidas em relação ao futuro dos portos paranaenses. Alguns parlamentares pediram explicações sobre a inclusão do Porto de Antonina no programa de dragagem que será iniciado nos próximos meses.

Dividino esclareceu que pela primeira vez de Antonina será contemplado no processo de dragagem e vai retomar a profundidade de 8,5 metros, fato que não ocorre há mais de uma década. “Conheço de perto os problemas de Antonina e temos uma preocupação especial com a cidade. O porto bateu recordes de movimentação no ano passado e, a partir da nova dragagem, vamos viabilizar ainda mais as operações naquele terminal”, disse.

Questionado sobre a contratação de um serviço de dragagem, em vez da compra de uma draga, o superintendente explicou que nos custos de uma campanha de dragagem, o valor da draga corresponde a apenas 22% do total da obra. “Além do custo do equipamento, tem que se levar em conta os custos com revisões, pessoal para operar, docagem. Comprar uma draga não é rentável em nenhum cenário, mesmo se vendesse serviços de dragagem para outros portos”, disse.

O superintendente também prestou esclarecimentos sobre ações administrativas que estão em curso para resolver e reduzir as pendências trabalhistas; para aumentar a eficácia e a profissionalização dos quadros do porto; sobre projetos para garantir a eficiência da operação dos equipamentos portuários; modernização de equipamentos; projetos para reduzir a geração de resíduos; negociação com o governo federal para captação de recursos, entre outras questões.

BRASÍLIA – Após apresentar os esclarecimentos aos parlamentares, Dividino informou que a Appa apresentará o Plano de Trabalho na Secretaria de Portos (SEP) e na Agência de Transportes Aquaviários (ANTAQ), órgãos que estabelecem a política e a fiscalização do segmento portuário brasileiro.

“Precisamos estar sintonizados com as diversas esferas governamentais com o propósito final de atender às demandas do comércio exterior, da indústria, do agronegócio, enfim, de todos aqueles que precisam de um porto moderno, ágil e com baixos custos operacionais”, disse.

Fonte: APPA

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